segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Libertando o Mundo Sob a Mira do Radar

Quando o ativismo social e civil se junta à música muita gente torce o nariz. Que escorra o escarro. Mas temos uma viva prova de que música e direitos civis podem ser uma combinação criativa e ao mesmo tempo importante.

ASIAN DUB FOUNDATION. Muitos conhecem; outros não ( recado : CONHEÇAM! ). Eles  são frutos e árvores disso.  Dr. Das, professor de tecnologia musical uniu-se a um de seus alunos, o rapper Deeder Zaman e o ativista pelos direitos civis dos trabalhadores DJ Pandit G para criar um sistema de som destinado a tocar músicas anti-racistas< até ai, ok, nada de novo, lá por 1993. Em 1994 ingressou no grupo Chandrasonic e no ano seguinte Sun-J entrou para fechar o cerco sitiando as ideias.

No ano 2000, ainda na turnê de lançamento do álbum Community Music, algumas mudanças ocorreram na formação da banda: Deeder saiu para se dedicar a organizações anti-racismo e entram para a banda Rocky Singh (baterista), MCs Aktarvata & Spex (músico) e Pritpal Rajput (músico).

O Grupo é uma miscelânia da Torre de Babel. Advindos de familias da Índia e do norte da Ásia, imigrantes no Reino Unido. Junto suas culturas com a sonoridade eletrônica, rock, funk, dub, ritmos indianos, instrumenos característicos.  Seus albuns Facts & Fictions (1995) ,R.A.F.I. (1997) - é a abreviatura de Real Areas for Investigation, Rafi's Revenge (1998) (remix do álbum anterior) , Community Music (2000) - foi batizado com o nome do projeto no qual os integrantes se conheceram, Enemy of the Enemy (2002) - disco este que contém a música 19 Rebellion com a participação de rappers brasileiros música feita em cima do Massacre de Carandiru,  também tem a partipação de Sinnead O´Connor na canção 1000 Mirrors é uma homenagem Tsoora Shana, mulher paquistanesa condenada num primeiro momento à 20 anos de prisão no Reino Unido por ter matado seu namorado que a violentava constantemente. Após intensa campanha em favor de Tsoora, ela teve sua pena de 20 para 12 anos de prisão,


TANK(2005) , Punkara (2008), último disco que contém uma versão com Iggy Pop de NO FUN dos The Stooges,  e a canção abaixo como um dos ótimos destaques. Fora uma série de coletâneas, singles e um disco ao vivo.


Os caras já fizeram várias participações com outros artistas, inclusive no disco do ORAPPA, o Instinto Coletivo.

A ideia deles é libertar o mundo, ajudando, criando, protegendo, desenvolvendo em vez de ter uma granada na mão, eles tem a música muito mais direta....Eles possuem uma organização independente: a ADF Education. Esta provê estudos de música e tecnologia para jovens. Em vez de só querer ser um popstar, eles querem um chão para todos. O show deles ao vivo é uma catarse generalizada de um futuro presente necessário. Estamos sob a mira do radar.

www.asiandubfoundation.com



quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Acenda Devagar

Acenda. E veja o fogo queimar...

Vindos da Nova Zelândia o reggae roots com vibrações positivas girando o mundo em 180º.  O grupo existe desde 1997, surgiu como uma banda tributo a Bob Marley,  lançou um disco clássico entre outros, chamado de Revival  em 2003, primeiro disco com composições próprias é bom "prensar" esse detalhe, onde não há como não ouvi-lo de ponta a ponta e teve nele seu maior single Giddy Up.
Lançaram discos seguintes Slow Burning de 2005 e Say What You´re Thinking de 2007. Deram uma parada ns estúdios para "reposicionamento" de peças, mas nunca pararam de tocar. Os caras são nativos e com influências que o reggae permite. Estão lançando o novo disco ON THE ROAD AGAIN de 2010 no dia 11 de outubro e promovendo-o através da turnê On the Road Again Tour.  Participaram de várias coletâneas desde 2002 e sempre são nomes citados em festivais de reggae.

Nome da banda foi inspirado no primeiro disco de Bob Marley and The wailers CATCH A FIRE e o adotaram quando enrolaram a lingua. O Septeto merece ser ouvido com a mente aberta das longíquas terras da aventura. Deixe aceso o pensamento nas melodias e enrole as ideias....

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

MULTIVERSO

Bataclã F.C. são frutos dos frutos dos sons do mundo. Andam por vários universos carregando em 13 anos aqui no Sul do país, a línguagem em vários ritmos. O som mixado entre ideias e ideais onde a cultura invade o quintal dos tradicionais e senta com as pernas em cima da mesinha na sala de estar dos convencionais.

Eles já tem no coldre de sua musicalidade dois cds , de 2002 e 2006 e em 2010 ( sim, nesse ano, compadre! ) o terceiro, se vacilar até já saiu. São pontos de fluorescência de Porto Alegre reverenciando a cultura. Samba, percurssão, hip hop, rock tudo isso e um algo mais dentro do caldeirão da música brasileira que simplesmente se mostra sem fim. Pedaços de todas as etnias.

Provam que não existe apenas um jeito de ser, de ouvir, de criar, há multiversos. A Teimosia da Felicidade é nome sugestivo do seu novo cd. Tráz como locomotiva a música Crença a Céu Aberto que segue no ensaio abaixo.


O nome do grupo saiu em homenagem ao popular Cândido dos Santos, o negro Bataclan, contador de causos na Rua dos Andradas nos anos 70. Centro da Capital, Porto Alegre.

Se acham que no Sul somos todos resistentes ao mundo, enganam-se! O mundo que ainda não sabe que além do sotaque forte, não há fronteiras que separe talento. Se houver, deixa que eu próprio derrubo o muro!

Definição? MUSICALIDADE EXTREMA E SEM CORTES! Erga essa bandeira, saia as ruas, grite, batuque, sole, dance, mostre-se...Um pouco mais do seu universo...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

BATENDO CABEÇAS AOS EMBALOS DO VENTO MINUANO

Ok, som pesado. Som muito pesado. Alguém já ouviu, curtiu ou odiou. É assim com os gaúchos também pelo Brasil afora. Piadinha. Temos aqui uma nova safra que deve ter arrombado a porta do inferno ou o próprio Diabo além de ter roubado suas botas por aí. O quinteto destemperado vem com seu NOOKANSHI, trazendo a mistura efêmera entre os extremos de metal, punk, hardcore, grind, noiser, down e uma britadeira no ouvido da avó surda. Na real se queres rótulo, vai no supermercado, aqui não é o caso. É pra sacudir a cabeça e chutar algumas bundas. O guitarrista Furmiga eleva seu peso 100 vezes suas notas. Eles se definem como "Cinco cabeças, um propósito. Cinco influências, uma meta: Fazer música consciente que atinja o próximo, tanto em conteúdo quanto nos sentimentos que expressamos. Respeito, humildade, sinceridade e amizade elevados ao mais alto patamar. A música é nosso meio de transporte, rápido e direto", eu digo mais ELES ATINGEM O PRÓXIMO COMO SE ATROPELASSEM COM UM CAMINHÃO CEGONHA DESGOVERNADO. Esteja preparado. Só um aviso, você não estará!


Ler mais: http://www.myspace.com/nookanshi#ixzz11VhKxE6D